3.1: Introdução
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O federalismo figura com destaque no sistema político dos EUA. Especificamente, o projeto federal enunciado na Constituição divide os poderes entre dois níveis de governo - os estados e o governo federal - e cria um mecanismo para que eles se verifiquem e se equilibrem. Como um projeto institucional, o federalismo protege os interesses do estado e cria uma união forte liderada por um governo central capaz.
O federalismo americano também busca equilibrar as forças de descentralização e centralização. Vemos a descentralização quando cruzamos fronteiras estaduais e encontramos diferentes níveis de tributação, requisitos de elegibilidade previdenciária e regulamentos de votação, para citar apenas alguns. A centralização é evidente no fato de que o governo federal é a única entidade autorizada a imprimir dinheiro, contestar a legalidade das leis estaduais ou empregar doações e mandatos monetários para moldar ações estatais. Cartazes coloridos com mensagens simples podem nos cumprimentar nas fronteiras estaduais (Figura 3.1), mas por trás deles está um design federal complexo e em evolução que estruturou as relações entre os estados e o governo federal desde o final dos anos 1700.
Quais poderes e responsabilidades específicos são concedidos aos governos federal e estadual? Como nosso processo de governo mantém essas entidades governamentais separadas em equilíbrio? Para responder a essas e outras perguntas, este capítulo traça as origens, a evolução e o funcionamento do sistema americano de federalismo, bem como suas vantagens e desvantagens para os cidadãos.