13.5: Murais mexicanos e arte social
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Artista |
País nativo |
José Clemente Orozco |
México |
David Siqueiros |
México |
Diego Rivera |
México |
Jorge Gonzalez Camarena |
México |
Alfredo Zalce |
México |
A pintura mural no México começou na década de 1920 para promover as mensagens políticas e sociais sobre o governo. Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueiros foram os artistas que lideraram o movimento mural. Da década de 1920 até a década de 1970, muitos murais foram criados e sua influência ainda pode ser vista hoje em todas as Américas. Começando com a civilização olmeca, o México tem uma longa tradição de pinturas murais. Os espanhóis conquistadores destruíram Tenochtitlan e sua arte, trazendo a doutrina cristã e construindo igrejas. Os artistas foram contratados para pintar murais para reforçar essa religião, semelhante à Itália durante o Renascimento. No século XX, os murais eram usados para temas sociais e políticos, educando a população, os murais exibindo mensagens do governo ou demonstrando conceitos de protesto.
Los Três Grandes
Os três grandes artistas de murais foram Rivera, Orozco e Siqueiros e foram considerados “los tres grandes”. Apesar de trabalhar em temas semelhantes, cada um tinha um estilo diferente de expressão artística. Siqueiros incorporou conceitos científicos em seus murais, Orozco foi pessimista em sua abordagem com pinturas políticas, enquanto Rivera era idealista e utópico, algo que o governo mexicano preferia.
José Clemente Orozco (1883-1949) foi um produto da Revolução Mexicana que superou a pobreza extrema, felizmente descobrindo a pintura em tenra idade. Ele foi influenciado pelo cartunista mexicano Jose Guadalupe Posada, que lhe ensinou que a arte poderia se tornar uma expressão poderosa durante uma revolução política.
Orozco trabalhou com cores sombrias e enfatizou o sofrimento humano distorcendo a figura humana com linhas cortantes. Trazendo suas dificuldades sociais, ele não glorificou a guerra, mas concentrou sua arte nos horrores da guerra. O mural O Povo e Seus Líderes (13.61) retrata Miguel Hidalgo Costilla, o líder da Independência do México, subindo as escadas do palácio do governo em Guadalajara, México. Em A Trincheira (13,62), os corpos dos soldados mortos da revolução formam uma cruz. Orozco usou linhas diagonais vermelhas e nítidas para demonstrar a brutalidade da guerra.


David Siqueiros (1886-1974) foi um pintor realista social mexicano conhecido por seus vastos murais. O Polyforum Cultural (13,63) faz parte do centro comercial da Cidade do México construído em meados do século XX e está coberto com a obra mural mais substancial até hoje chamada La Marchade la Humanidad (Marcha da Humanidade) (13,64), medindo mais de 8.700 metros quadrados. O tema geral do arco gira em torno das lutas intermináveis dos humanos por uma sociedade melhor.
Siqueiros era o mais radical, e ele usou linhas ousadas e arrebatadoras e técnicas borradas para pintar o mural no Polyforum, considerado uma obra-prima de Siqueiros. Há três seções: Marcha da Humanidade Rumo à Revolução Democrática Burguesa; A Marcha da Humanidade para a Revolução do Futuro; Paz, Cultura e Harmonia, todas retratando cenas de sofrimento, mas otimismo para o futuro.


LEITURA: A Marcha da Humanidade
Diego Rivera (1886-1957) foi um dos pintores mexicanos mais famosos e foi responsável pelo Movimento Mural Mexicano na Cidade do México. Rivera pintou murais com a intenção de fornecer uma história pictórica de seu país. Um defensor da justiça coletiva e seu trabalho podem ser encontrados em todo o México, retratando avanços culturais. Rivera foi treinada na Academia de Belas Artes de San Carlos, na Cidade do México, e viajou pela Europa, estudando os estilos de pintores famosos. Inspirado pelo cubismo, Rivera combinou seu grande uso da cor com murais maiores do que a vida, expressando seu interesse pelo marxismo e pela política radical.


Ele seguiu o estilo de pintura mais tradicional do modernismo e dos elementos cubísticos para pintar seus murais. Usando cores brilhantes com tons de terra para retratar a vida cotidiana no antigo México, ele promoveu principalmente os povos indígenas do México. O mural de Diego Rivera no Palácio Nacional, Cidade do México, retrata a vida nos tempos astecas na antiga cidade de Tenochtitlan. A Cidade do México foi construída no topo da cidade conquistada de Tenochtitlan. No mural Tenochtitlan (13,65), as montanhas cobertas de neve à distância exibem uma perspectiva atmosférica. O centro da cidade mostra o quão enorme era com a pirâmide, pontes de pedra, canais de água, um vasto mercado e ruas repletas de flores. Foi uma época em que Moctezuma II chegou ao poder, no auge do grande Tenochtitlan. Os astecas influenciaram a perspectiva plana, as pinturas coloridas e as figuras simplificadas. Outro mural de Rivera (13,66) no Palácio Nacional retrata a exploração e crueldade da conquista espanhola, enforcamento de nativos, escravidão forçada e religião forçada.
Man, Controller of the Universe (13,67) foi pela primeira vez um afresco no Rockefeller Center, Nova York. O mural se concentrou em novas mudanças sociais e científicas e na vida social moderna, incluindo algumas das imagens retratando soldados russos e Lenin (13,68). O mural foi considerado muito controverso e destruído antes de ser concluído. Por causa da polêmica contínua, Rivera tirou fotos do mural inacabado e recriou a pintura no Palacio de Bellas Artes, na Cidade do México.


Jorge González Camarena (1908 — 1980) foi um proeminente pintor mexicano e é mais conhecido como muralista na Cidade do México e conhecido como o construtor de massa, forma e plano. Seu trabalho foi classificado como surrealismo e cubismo usando formas geométricas harmônicas. Liberacion ou La Humanidad se Libera de la Miseria (O homem é libertado da miséria) (13,69) é um mural no Palacio de Bellas Artes, na Cidade do México.

Alfredo Zalce (1908 — 2003) foi um artista mexicano e é mais conhecido por seus murais. Sua carreira artística começou jovem, com cerca de seis anos de idade, quando ele estava desenhando nos quadros-negros da escola, ilustrando o que o professor estava escrevendo. Seu mural (13,70) está no palácio do governo estadual em Morelia, onde ele morava com sua esposa. Zalce ajudou a influenciar a arte moderna no México como um dos grandes muralistas pós-revolucionários que retratam o período histórico da reforma.
